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Licuri é uma das atrações da Semana do Clima em Salvador

Foto: Carolina-Amorim/Seagri

Foto: Carolina-Amorim/Seagri

O modelo de uma cidade ideal contempla a necessidade de ter uma alimentação saudável. Pensando nessa vertente, a Semana Latino-Americana e Caribenha sobre Mudança do Clima, iniciada ontem (19), no Salvador Hall, na Avenida Luís Viana Filho (Paralela), oferece aos participantes uma praça de alimentação sustentável.´

Para quem acha que comida saudável é sinônimo de alimento ruim e sem sabor, tem a oportunidade de desmistificar essa ideia. Durante o evento, é possível se deliciar com derivados do licuri, um coco pequeno, a exemplo do azeite de licuri, e amêndoa caramelizada com rapadura. Produtos sem conservantes, totalmente naturais.

Os produtos variam de R$ 10 a R$ 60, são fontes de energia e de nutrientes como zinco, vitamina B5, cálcio e ferro. O licuri é um grande aliado para uma alimentação saudável, como destaca Renata Silva, gerente comercial da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina.

“As pessoas estão com a vida tão corridas que pensar em uma alimentação saudável, infelizmente, é uma das últimas coisas. E esse comportamento reflete na redução da expectativa de vida. Ingerir alimentos naturais e sem agrotóxicos interfere diretamente na qualidade de vida e bem-estar. Precisamos ter essa consciência para que a alimentação mais natural passe a ser um hábito”, declara Renata.

Estudante de engenharia ambiental, Fernanda Pontes, 25, enquanto conhecia a praça de alimentação, refletia sobre a importância de se falar sobre uma alimentação saudável, apesar de não considerar a sua tão saudável assim. “Muitos de nós temos a ideia de que comer saudável é caro e é ruim. Ter um espaço como esse para mostrar que é possível se alimentar bem e ter outras possibilidades de refeições é muito importante. É um impulso para que tenhamos mais conhecimentos e consequentemente a adoção desse novo comportamento”.

Vegano e mel – Um dos estandes que chama atenção de quem passa é o da empresa Amana, que comercializa temakis veganos, recheados com brócolis, creme de castanha e até abacate. Ricos em fibras, minerais e antioxidantes, os temakis, aliados a recheios naturais, proporciona uma alimentação mais natural e saudável as pessoas. “Além dos benefícios para o nosso corpo, tem a questão da consciência de que de alguma forma estamos contribuindo para um mundo melhor. É um cuidado com o ser humano, com a natureza e com todo o planeta”, afirma Ana Paula Paixão, 38, uma das culinaristas do Amana.

A poucos passos dentro da Cidade do Clima é possível encontrar a oferta de mel de uruçu, produzido por abelhas sem ferrão e que possui um tom mais amarelado e sabor puxado para a própolis. O item natural, que pode ser utilizado como molhos, sobremesas e até em drinks, é comercializado a partir de R$ 5. O mel de uruçu é um dos grandes responsáveis pelo fortalecimento do sistema imunológico, reduzindo o estresse e regulando o açúcar no sangue.

“A abelha é um dos elos da cadeia alimentar. Além de nos preocuparmos apenas com o alimento produzido, temos o cuidado com os produtores desses alimentos. É um ciclo. É preciso cuidar do bem-estar do nosso planeta como um todo. Quando você começa a ingerir alimentos mais naturais, começa a refletir em todo esse ciclo para que o produto final fosse gerado. É um ganho geral. Para o planeta e para toda a sociedade”, diz Pedro Viana, diretor da Cooperativa dos Criadores das Abelhas do Brasil.

Na praça de alimentação também é possível encontrar itens como extrato de umbu, castanhas desidratadas e assadas, palmito, cerveja de umbu, licor de amêndoa e muitos outros alimentos.

Diretrizes – Para o evento foram criados as diretrizes para o fornecimento de comida e bebida desenvolvidas pela Prefeitura, através da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis). Além de ausência de proteína animal, as diretrizes do fornecimento de alimentos e bebidas elaboradas para o encontro da ONU também envolvem: uso responsável da água, utilização de embalagens recicláveis sem serem plásticas, a participação de cooperativas que farão a gestão de materiais recicláveis durante o evento, bem como de coleta e compostagem de resíduos orgânicos que será feita em parceria com o Salvador Shopping.

São um total de 11 diretrizes, sendo que uma delas prevê a comercialização de produtos naturais, sem qualquer proteína animal, além da participação de produtores locais e de agricultura familiar que trabalham nos biomas Mata Atlântica e Caatinga. Estes foram selecionados e venderão itens como chocolate, licuri, castanha de caju do sertão e mel de abelhas nativas em estandes compartilhados. As organizações confirmadas para estarem lá são Coopes, Cooperacaju, Coopfesba, Central da Caatinga e Coopcab.

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