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Com gestão sustentável, aterro de Salvador já mitigou 8 milhões de toneladas de CO2

Energia gerada por resíduos em Salvador seria capaz de abastecer cidade de até 200 mil habitantes

Salvador alcançou uma grande conquista para a preservação ambiental: a capital é a primeira cidade do mundo a conseguir o registro pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a emissão de crédito de carbono com engenharia em aterros sanitários, o que será um dos destaques da Semana do Clima da América Latina e Caribenha sobre Mudança do Clima, que começa nesta segunda-feira (19) no Salvador Hall, na Avenida Luiz Viana Filho (Paralela).

O fato de Salvador promover, nos últimos anos, ações com foco na redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa, um dos principais agentes das mudanças climáticas, foi uma das razões que levaram a ONU a escolher a capital baiana para ser sede da Semana do Clima. E um dos resultados efetivos dessa estratégia é o trabalho desenvolvido no aterro sanitário pela Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos (BATTRE), que é uma das unidades de valorização sustentável do Grupo Solví, contratado pela Prefeitura.

Desde 2005, o aterro já mitigou 8 milhões de toneladas CO2 equivalentes. Com os esforços municipais voltados para redução dos impactos ambientais, a Prefeitura destina adequadamente todo o resíduo produzido na capital baiana.

Para o secretário de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), André Fraga, o tratamento dado ao lixo reafirma o compromisso e a preocupação da cidade com o impacto ambiental. “Salvador dá exemplo de como a gestão de resíduos pode contribuir para mitigação dos gases do efeito estufa. Ou seja, a cidade entrega a sua contribuição para a resolução de uma crise climática”, reforçou.

Energia – Além disso, todo esse esforço ambiental gera energia através do biogás do aterro sanitário. Cerca de 65 % dos resíduos produzidos pela cidade que chegam às unidades de coleta e limpeza são direcionados para estação de transbordo, localizada em Canabrava. Quando este material chega ao aterro, no CIA, ele passa pelo processo para que posteriormente possa ser gerado o biogás. O fluxo é continuo e à medida que a produção de resíduos passa pelo processo a extração do biogás ocorre para a geração de energia.

Para tornar a geração de energia uma realidade, Salvador possui uma usina termelétrica movida ao biogás localizada no aterro sanitário,Primeira do Nordeste, a Termoverde Salvador São gerados em média 10.000 MWh/mês, energia suficiente para abastecer a demanda de cerca de 200 mil habitantes.

“É preciso destacar o pioneirismo da cidade e a iniciativa do Grupo Solví. O projeto do aterro obteve tanto êxito que subsidiou outro empreendimento, que é a Termoverde”, destacou Danilo Laert, um dos colaboradores da Solví. Segundo Laert, a usina é a que, desde 2011, mais gerou energia limpa com biogás no país.

Diversificação – Como retorno para a cidade, a energia gerada é fornecida para os consumidores contribuindo para a melhoria climática e do meio ambiente, além de diversificar a matriz energética do país, gerar retorno financeiro e empregos. Segundo Laert, além de todos os benefícios para o meio ambiente, há ainda um impacto positivo de cunho social. Ele informa que o quadro de funcionários da operação tanto do aterro quanto da Termoverde seja, em sua totalidade, composto por trabalhadores que residem no entorno dos empreendimentos.

Além disso, são desenvolvidos projetos de cunho educacional que buscam levar conhecimento a crianças e adolescentes de forma lúdica, mudando radicalmente a realidade do município em relação à destinação correta de resíduos e de que forma eles podem fazer a diferença para a cidade.

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